quinta-feira, 22 de setembro de 2011

VAMOS FALAR DE CINEMA E DO MUNDO EM QUE VIVEMOS

Já se passaram muitos anos que eu frequentava o antigo Cinema Central,que ficava junto ao mercado municipal,no Largo do Barata e nesses tempos,vi um filme,cujo titulo era o seguinte,"O Mordomo Da Ilha Deserta"cujo tema central,tratava de um naufrágio,cujos passageiros foram parar a uma ilha deserta,passageiros na sua grande maioria era gente, importante e de muito dinheiro,mas também,como não podia deixar de ser,levava também um mordomo,que ao chegarem à ilha,tudo se alterou e se pôs no sitio certo, o mordomo pelos seus conhecimentos e tendo como companhia de infortúnio um grupo de gente importante,poderosa e rica,mas incapazes de construir uma cabana,de arranjar caça e pesca para a sua sobrevivência,o mordomo deixou de ser o modesto mordomo e passou a ser o mais importante de todos os habitantes da ilha.(o trabalho passou a ter mais valor que o dinheiro).
Outro filme que me recordo é dos "Tempos Modernos com Charles Chaplin "que retratava o tema dos principios da revolução industrial,como um operário no meio de centenas ou milhares de operários,de maquinas e ferramentas,deixava de ser um ser pensante para se tornar um objecto,sem valor cuja importância era,só a sua força de trabalho e a sua exploração.
Isto vem a propósito da proposta que o governo,apresentou aos parceiros sociais, que hoje vai a começar a ser discutida na concertação social,proposta que a ser aprovada voltaríamos a tempos passados,e que não queremos,nem aceitaremos,porque para além de injusto era recuar no tempo mais de um século, voltaríamos aos principios da revolução industrial, à exploração sem limites,e poriam em causa,muitas das conquistas, alcançadas pela luta justa,de gerações e gerações de trabalhadores,onde alguns,deram a própria vida.
Vivemos um tempo em que os homens que construíram e constroem,cidades,vilas e aldeias,que através do trabalho,tornam possível a vida de todos nós,melhor,na saúde, no ensino,na ciência,no desporto,na cultura e no lazer, que para alguns,detentores do poder e do dinheiro,os trabalhadores,sejam em muitos casos descartáveis,como de lixo,se tratassem,a não ser que os senhores do poder e do grande capital,se tornassem amanhã como no filme,náufragos e fossem parar a uma ilha deserta,para os mordomos,os operários e os restantes trabalhadores passassem a ser gente estimada,respeitada, útil e ao mesmo tempo dirigentes de quem hoje lhe quer tirar, direitos e regalias alcançadas,e justas para a época e o momento em que vivemos.

2 comentários :

  1. Senhor João Pinheiro:
    Estive hoje com o seu filho Artur que é um empresário e figura do "jet-set" alentejano, famoso pelas grandes festas "Bacardi".

    Ouvi-o dizer que um país tem que ter as contas equilibradas como as empresas e famílias, imagino que deve ter um desgosto tão grande por ter um filho assim, como eu teria se tivesse um filho comunista.

    E já agora comprei o carro da sua prima Sofia Pinheiro, um Smart Roadster.
    Acha que fiz uma boa compra?
    Compraria o carro da sua prima Sofia?

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  2. Eu também estou de acordo com ele que o país tem que ter as contas equilibradas,mas nunca à custa da exploração nem dos sacrificios dos trabalhadores,e já agora lhe digo que tenho muito prazer pelo ter um filho assim.
    Quanto ao carro só lhe desejo que esteja satisfeito com o negócio-

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